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Kalašhnikov
02:06
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bum, bum, bum, bum, bum
mavilo kuc kuc, ey ja
bum, bum, bum, bum, bum
taga naj kuc kuc, ey ja
devla, devla ka čave kan čiri
devla, kaka barače govoli
devla, mi čale mange as foro?
jek baro
kalašnikov, kalašnikov, kalašnikov
kalašnikov, kalašnikov,
eeeeeeh...
bum, bum, bum, bum, bum
movilo kuvera
movilo la kuvera
kuvera la kavi[la]
dalokovac, markovac, mala krsta, lajkovac,
čaje, sušje, haidara, hopaaaaa
bum, bum, bum, bum, bum
mavilo kuc kuc, ey ja
bum, bum, bum, bum, bum
taga naj kuc kuc, ey ja
devla, devla me kuča malinau
devla, a komaja mi dekivau
devla mi čale mange as foro
jek baro
kalašnikov, kalašnikov, kalašnikov
kalašnikov, kalašnikov
eeeeeeh...
bum, bum, bum, bum, bum
movilo ku vera
movilo la kuvera
kuvera la kavila
bum, bum, bum, bum, bum
movilo ku vera
movilo la kuvera
kuvera la kavila
zvončiči, zvončiči, čavoro pištolčiči
čaje, sušje, ajde, hopaaaaa
bum, bum, bum, bum, bum
movilo ku vera
movilo la kuvera
kuvera la kavila
dalokovac, markovac, mala krsta, lajkovac,
čaje, sušje, haidara, hopaaaaa
bum, bum, bum, bum, bum
movilo ku vera
movilo la kuvera
kuvera la kavila
zoki, zorice, čavoro bobonice
čaje, sušje, ajdara, hopaaaaa
bum, bum, bum, bum, bum
movilo ku vera
movilo la kuvera
kuvera la kavila
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2. |
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olhamos para o céu e não vemos mais estrelas
já não temos mais o horizonte como referência
espaços cada vez mais escassos e supervalorizados
abrimos mão disso tudo em nome da conveniência
valeu a pena?
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3. |
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pela produtividade, marchando ao precipício
perdendo a sanidade, rumo ao suicídio coletivo
é o linchamento do suspeito amarrado no poste
é a agressão gratuita a quem se veste de vermelho
é o homem se masturbando dentro do coletivo
é o apresentador raivoso transmitindo tudo ao vivo
pela produtividade, marchando ao precipício
perdendo a sanidade, rumo ao suicídio coletivo
é a pressão por resultados no mundo corporativo
é a pressão do desemprego em quem não foi bem nascido
é a falta de perspectiva na periferia
é a polícia militar com coçeira no dedo
pela produtividade, marchando ao precipício
perdendo a sanidade, rumo ao suicídio coletivo
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4. |
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nesta cidade em que os espaços vazios
em questão de meses viram novos lançamentos
o que será construído nós sabemos com certeza:
é um prédio, uma igreja ou um estacionamento
somos visitantes na cidade em que vivemos
somos espectadores do incontrolável crescimento
andamos de cabeça baixa e mesmo sem perceber
vamos nos acostumando com a repressão
esquecendo que as ruas nos pertencem
achando que pra tudo é preciso permissão
somos visitantes na cidade em que vivemos
somos espectadores do incontrolável crescimento
não queremos megaeventos nem shows corporativos
e sim ajuda mútua nessa iniciativa
estamos nas ruas
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5. |
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yo soy del campo, amigo mio
y luego fui peón y minero
cerró la mina, y al poco tiempo
me hice bandido, ahi...
me fui del pueblo, amigo mio
por todas partes busqué trabajo
y renegado del mundo entero me hice bandido, ahi...
como los lobos, amigo mio
robo comida, y hasta he matado
la mala vida, aunque no quieras
te hace bandido, ahi...
no tengo casa, amigo mio
mis compañeros andan huídos
cerró la mina y en vez de obreros
somos bandidos, ahi...
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6. |
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aos olhos do capital, toda cultura e livre expressão
tem o potencial de se tornar lucrativa
se já não temos esperança de mudança em larga escala
que ao menos criemos um porto seguro
livre de etiquetas de preço
e onde o capital não seja substituído pela vaidade
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7. |
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em cada porta de aço um segurança privado
que à noite mais parecem nazis disfarçados
e ainda tem a guarda metropolitana
ameaçando o cidadão mesmo estando à paisana
entradas bloqueadas de prédios desocupados
com mais de vinte anos de impostos atrasados
é o centro de são paulo aos poucos loteado
por aves de rapina do mercado imobiliário
expulsos do centro, empurrados pras favelas
com seus pertences confiscados por ladrões de panelas
comentários:
a mando de haddad, a gcm acaba com a pouca autonomia das pessoas em situação de rua, confiscando até mesmo itens como panelas e fogareiros, impedindo que consigam cozinhar sua própria comida.
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8. |
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eventuais abusos serão investigados
a corregedoria já abriu um inquérito
se comprovado algum crime eles serão afastados
a ação dos envolvidos será apurada com rigor
um processo disciplinar será aberto
qualquer desvio de conduta será punido
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9. |
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de que serve a bondade
se os bons são imediatamente liquidados
ou são liquidados
aqueles para os quais eles são bons?
de que serve a liberdade
se os livres tem que viver entre os não-livres?
de que serve a razão se somente a desrazão
consegue o alimento de que todos necessitam?
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10. |
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imagens chocantes são motivos de risadas
sob o argumento de que não se pode fazer mais nada
violência registrada em vídeos clandestinos
em um mercado seleto são um grande atrativo
muitos pensam que esses fatos não são reais
são seres inertes e irracionais
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nascemos numerados e não conseguimos evitar
que a cada dia nos amarrem cada vez mais
buscar em nós mesmos o que sempre criticamos
combater a hipocrisia em cada um de nós
confuso nas ações e caindo em contradições
tentando evitar se contaminar com o caos que nos cerca
vivendo numa prisão não há tanta opção
só nos resta lutar contra a própria incoerência
só nos resta lutar contra a própria incoerência
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12. |
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desviando o olhar ao encarar-se no espelho
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13. |
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é o CAÇULA da família
MOLEQUE cheio de GINGA
fuma MACONHA no CACHIMBO
e depois tira um COCHILO
come FAROFA de FUBÁ
pega JILÓ de lá do pé
sempre compra MUAMBA
na QUITANDA do seu zé
não perde um dia de escola
mas não viu nada sobre angola
a lição que ele aprendeu
é que o que é bom é europeu
comentários:
As palavras em maiúscula vieram do Kimbundo, idioma falado em boa parte de Angola, e foram incorporadas ao Português. Essa letra é uma pequena história sem pé nem cabeça, a ideia é apenas usar algumas palavras desta origem e dar um exemplo de herança cultural da África que passa batido, pois aqui valorizamos apenas o que veio da Europa.
Não gostou? Leve sua BUNDA para outro lugar.
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balas de borracha e bombas de gás
um presente do estado pros trabalhadores
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rascunho
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Weirduo São Paulo, Brazil
hardcore duo
pedro - baixo/vocal
gil - bateria
+55 16 99423 1358
pedro@weirduo.org
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